Crise empurrou 4,1 milhões de brasileiros para a faixa de pobreza em 2015, diz Ipea
Parcela da população considerada pobre subiu de 8,10% em 2014 para 9,96% em 2015.
Família vive na área mais percária da favela de Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo (Foto: Felipe Souza/BBC Brasil)
A crise econômica levou 4,1 milhões de brasileiros à pobreza e 1,4 milhão à extrema pobreza de 2014 para 2015, aponta relatório divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A parcela da população considerada pobre vinha caindo desde 2011, quando estava em 12,41%. Em 2014, a fatia ficou em 8,10%, mas cresceu para 9,96% em 2015.
Já porcentagem dos considerados extremamente pobres subiu de 3,01% para 3,63% no período.
De 2014 para 2015, o PIB brasileiro, a soma das riquezas produzidas pelo país caiu 3,8%. Foi o pior desempenho da economia em 25 anos.
Entram na faixa de pobreza as pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 127,50 em agosto de 2010. O valor é equivalente a um quarto do salário mínimo vigente na data (R$ 510), quando foi publicado o último Censo.
A faixa de extrema pobreza contempla aqueles com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70, também em agosto de 2010.
Ainda subiu de 22,1% em 2014 para 24,3% em 2015 a parcela de brasileiros considerados vulneráveis à pobreza, os com renda per capta inferior à metade do mínimo. A parcela também vinha caindo desde 2011.
Renda
A renda média por pessoa no país apresentou o mesmo comportamento no período, caindo de R$ 803,36 para R$ 746,84. Foi a primeira queda desde 2011.
Esses dados alertam para a necessidade das políticas públicas voltadas ao crescimento do emprego e da renda, sem deixar de lado o combate à desigualdade", diz o relatório.
O Índice de Gini do Brasil, que mede a concentração de renda, ficou estagnado em 0,52 de 2014 para 2015. O indicador. O indicador varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é o país.
O Radar IDMH é elaborado pelo Ipea em parceria como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação João Pinheiro e serve para atualizar os dados do O Atlas do Desenvolvimento Humano, divulgado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e estatística IBGE.
Fonte G1
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