Suspeita diz que receberia R$ 500 para ajudar na morte de cabeleireiro no AM

Gessica Alves Alho foi presa no sábado (9) (Foto: Ive Rylo/G1 AM)
Gessica Alves Alho foi presa no sábado (9) (Foto: Ive Rylo/G1 AM)

A suspeita de participar do assassinato do maquiador e cabelereiro João Felipe Martins, ocorrido em Manaus no dia 30 de agosto, disse que receberia uma quantia de R$500 para auxiliar no crime. Ela afirmou ainda que não imaginava que o crime se tratava do homicídio do cabeleireiro. "Achei que ele ia assaltar", disse a suspeita.

Gessica Alves Alho, de 24 anos, foi apresentada à imprensa na manhã desta segunda-feira (11), pela Polícia Civil. "Me ofereceram R$500 e eu topei. Precisava comprar as coisas do meu filho. Estava sem nada", disse a suspeita.

Ela disse ainda que chegou a pensar que o crime seria um assalto. "Estou arrependida. Eu não sabia que ele ia matar o rapaz, mas quando ele tirou a arma eu achei que ele ia assaltar. Nunca tinha participado de um assassinato", disse Gessica.

A suspeita foi presa no último sábado (9), na casa dela no bairro Novo Aleixo, no conjunto Amazonino Mendes, na Zona Leste de Manaus. A motivação do crime não foi divulgada. "Nos já temos algumas linhas em relação a motivação.

Nosso objetivo principal é identificar e pegar as pessoas envolvidas. Ouvimos diversas pessoas e um dia após o crime já havíamos identificado duas pessoas que aparecem na filmagem", disse o delegado da DEHS.

De acordo com a Polícia Civil, aproximadamente quatro pessoas participaram do crime. O suposto atirador foi identificado como Diego Sabino de Araújo, conhecido como "Coqueirinho", é procurado pela Polícia Civil. Ele já tem passagem na polícia por porte ilegal de armas e tráfico.

"Ele já é uma pessoa conhecida na área do Mauazinho. Inclusive a delegacia da área já nos ajudou com buscas e identificações", disse o delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Juan Valério.

O mandado de previsão preventiva do atirador foi decretado desde o dia 1 de setembro, pela juíza Careen Aguiar do Plantão criminal. "Nossas investigações estão avançadas, mas estamos mantendo sigilo para não atrapalhar as próximas prisões", disse o delegado.

Gessica informou que não conhecia o atirador antes do dia do crime. Ela disse que uma mulher mandou mensagem por ela via Whatsapp, pedindo para ela atender uma ligação de um homem chamado Diego. Após conversar com ele, ambos marcaram o local em que iriam se encontrar, em no bairro Manoa.

"Ele só me falou que ia executar uma mulher que estava devendo. Ele só me mandou segurar na mão dele, colocar ele (sic) dentro do salão e pedir para ser atendida por um rapaz de nome Felipe", disse a suspeita à imprensa.

Após efetuar o disparo, Gessica disse que o atirador fugiu em uma motocicleta e ela em um táxi.
A mulher contou que não recebeu o dinheiro acordado com atirador.
Gessica continua na carceragem da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros para colaborar com as investigações. Denúncias sobre os outros suspeitos podem ser feitas pelo 181.

Entenda o caso

O cabeleireiro João Felipe Oliveira Martins, de 23 anos, foi assassinado na tarde do dia 30 de agosto, em um salão no bairro Vieiralves, na Zona Centro-Sul de Manaus.
O crime ocorreu por volta 15h30. Um casal chegou ao local e se passou por clientes do estabelecimento.

 Ao avistarem o funcionário, o homem foi em direção ao cabeleireiro e atirou contra ele. O cabeleireiro e maquiador morreu no local após ser atingido com quatro tiros.

A polícia descarta a hipótese de latrocínio. O celular da vítima foi colhido pela polícia e pode conter informações importantes para identificar os suspeitos. Imagens do circuito interno do salão também registraram o crime e são usadas na investigação.

Investigação

A polícia apura quatro linhas de investigação sobre o assassinato no cabeleireiro. O caso é investigado pela DEHS. Uma ameaça de publicar conversas em uma rede social pode ter motivado o crime.

"Temos várias linhas de investigação e não dá para descartar nenhuma. O vídeo deixa claro que foi uma execução. Não estamos divulgando esses detalhes, mas a gente assimila essas informações e trabalha com fatos objetivos", contou o delegado geral adjunto, Ivo Martins.

Redes sociais

A vítima era conhecida na capital e tinha um grande círculo de relacionamentos. Nas redes sociais, o maquiador era popular e tinha cerca de 20 mil amigos.
No dia 7 de agosto, o cabeleireiro fez postagens em uma rede social ameaçando publicar imagens de conversas comprometedoras e que acabariam com um romance. Essa também uma das prováveis motivações investigadas.

"A gente percebe que ele tinha muitos relacionamentos, incluindo aí, não se sabe, algum relacionamento amoroso. Estamos checando todas essas informações. Não dá ainda para afirmar se foi [crime] passional ou relação com algum conflito", disse Martins.

Ameaças

Segundo o delegado titular da DEHS, Juan Valério, amigos e colegas de trabalho foram ouvidos pelos investigadores. A polícia descobriu que a vítima troca de residência com frequência e suspeita que o cabeleireiro estivesse sob ameaças.

“Ele trocava constantemente de residência e isso também aponta que ele temia por alguma situação. Estamos fazendo análise de inteligência, inclusive do celular da vítima, mas sabemos se fato ele tenha sofrido ameaça pode não ter sido por telefone”, disse o titular da DEHS.

Fonte G1 Amazonas

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