Enem 2017 só tem garantidos 35% dos detectores de metal usados em 2016
Ministro aposta em projeto piloto para rastrear o uso de pontos eletrônicos. Exame acontecerá nos dias 5 e 12 de novembro.
O governo federal admitiu nesta quarta-feira (27) que só tem garantido para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 o uso de 35% dos detectores de metal que foram empregados na edição anterior do exame.
Os responsáveis pela prova dizem já ter pelo menos 29 mil equipamentos. No ano passado, foram 81 mil detectores, que levaram à eliminação de 120 candidatos.
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), negou que o impasse judicial envolvendo o antigo consórcio responsável pela aplicação vá prejudicar os candidatos (leia mais abaixo).
"Haverá detectores suficientes e estarão instalados para coibir qualquer tentativa de fraude. Esse equipamento já foi requisitado aos parceiros para que a gente complementasse para que a segurança da prova esteja garantida", disse, sem dar números. Os dados aos quais os jornalistas tiveram acesso foram repassados pela assessoria.
Em nota, o Inep afirmou que os detectores são usados desde 2014 de forma amostral e estarão distribuídos pelas regiões do país.
Mendonça também não deu números ou estimativa de custo do uso de um novo mecanismo de segurança chamado "Andre", que detecta o uso de pontos eletrônicos dentro da sala de aula. Segundo os responsáveis pela prova, o equipamento é capaz de identificar sinais de transmissão de "sinais em radiofrequência de WiFi, Bluetooth, celulares e transmissões ilegais".
MEC e Inep afirmam que esse será um projeto piloto, e os detalhes não foram divulgados.
"Não haverá custo porque é um projeto experimental. Este ano será assim, depois vamos avaliar o resultado" - Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento do Inep
Os equipamentos de monitoramento são estratégias para impedir que candidatos consigam se comunicar com pessoas que ficam fora da sala de aula. No ano passado, por exemplo, um jovem foi preso em flagrante por usar um ponto de escuta nos ouvidos no segundo dia de prova do Enem.
O Inep já tinha anunciado, em maio deste ano, outra medida que pode contribuir com a segurança do exame: os cadernos de prova serão personalizados, com nome número de inscrição de cada candidato na capa e no cartão de respostas. O esquema de quatro cadernos de questões de cores diferentes vai ser mantido.
"O rigor em termos de segurança se amplia cada vez mais, inclusive com a identificacao visual em cada prova", disse o ministro.
Locais de prova e distribuição
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirmou que o cartão de confirmação será divulgado em 20 de outubro. O cartão, que deve ser acessado no site, vai trazer o local onde cada candidato fará a prova.
Em um evento em Osasco (SP), as autoridades marcaram o início oficial da distribuição dos cadernos do exame. Serão 13,5 milhões de provas do Enem, divididas em 70 mil malotes.
Especialista mostra como funciona o detector "Andre" (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Detectores de metal
O impasse com os detectores de metais envolveu uma disputa judicial com o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação, Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo Cespe, da Universidade de Brasília (UnB), que foi responsável por aplicar o exame entre 2014 e 2016.
Um novo consórcio foi contratado para o Enem 2017 - e o governo entrou na Justiça afirmando que detém a propriedade dos detectadores de metal usados pelo Cebraspe nos anos anteriores.
A associação, por outro lado, diz que adquiriu por conta própria 80 mil equipamentos utilizados nos últimos anos e que, portanto, terá de negociar para que o Inep possa contar com os detectores nesta edição da prova.
"Os detectores de metal foram adquiridos exclusivamente pelo Cebraspe e empregados de maneira a garantir a segurança dos eventos realizados pelo Centro, restando evidente que esses aparelhos são de sua propriedade.
Como o Cebraspe não fará parte do consórcio aplicador do Enem 2017, não há qualquer obrigação contratual para a cessão desses aparelhos para o atual consórcio", informou em nota o órgão.
Enem 2017: mudanças no formato
O Enem 2017 passou por mudanças após consulta pública. Dessa vez, ocorrerá em dois domingos consecutivos: nos dias 5 e 12 de novembro.
A divisão de áreas de conhecimento também foi alterada: redação, linguagens e ciências humanas serão os temas do primeiro domingo, com duração de cinco horas e meia de prova. Uma semana depois, serão os exames de matemática e de ciências da natureza, com quatro horas e meia para realização.
Os resultados do Enem 2017 serão divulgados em 19 de janeiro de 2018. Os candidatos continuarão podendo acessar o resultado por área de conhecimento e o desempenho individual.
Via G1
O governo federal admitiu nesta quarta-feira (27) que só tem garantido para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 o uso de 35% dos detectores de metal que foram empregados na edição anterior do exame.
Os responsáveis pela prova dizem já ter pelo menos 29 mil equipamentos. No ano passado, foram 81 mil detectores, que levaram à eliminação de 120 candidatos.
O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), negou que o impasse judicial envolvendo o antigo consórcio responsável pela aplicação vá prejudicar os candidatos (leia mais abaixo).
"Haverá detectores suficientes e estarão instalados para coibir qualquer tentativa de fraude. Esse equipamento já foi requisitado aos parceiros para que a gente complementasse para que a segurança da prova esteja garantida", disse, sem dar números. Os dados aos quais os jornalistas tiveram acesso foram repassados pela assessoria.
Em nota, o Inep afirmou que os detectores são usados desde 2014 de forma amostral e estarão distribuídos pelas regiões do país.
Mendonça também não deu números ou estimativa de custo do uso de um novo mecanismo de segurança chamado "Andre", que detecta o uso de pontos eletrônicos dentro da sala de aula. Segundo os responsáveis pela prova, o equipamento é capaz de identificar sinais de transmissão de "sinais em radiofrequência de WiFi, Bluetooth, celulares e transmissões ilegais".
MEC e Inep afirmam que esse será um projeto piloto, e os detalhes não foram divulgados.
"Não haverá custo porque é um projeto experimental. Este ano será assim, depois vamos avaliar o resultado" - Eunice Santos, diretora de gestão e planejamento do Inep
Os equipamentos de monitoramento são estratégias para impedir que candidatos consigam se comunicar com pessoas que ficam fora da sala de aula. No ano passado, por exemplo, um jovem foi preso em flagrante por usar um ponto de escuta nos ouvidos no segundo dia de prova do Enem.
O Inep já tinha anunciado, em maio deste ano, outra medida que pode contribuir com a segurança do exame: os cadernos de prova serão personalizados, com nome número de inscrição de cada candidato na capa e no cartão de respostas. O esquema de quatro cadernos de questões de cores diferentes vai ser mantido.
"O rigor em termos de segurança se amplia cada vez mais, inclusive com a identificacao visual em cada prova", disse o ministro.
Locais de prova e distribuição
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirmou que o cartão de confirmação será divulgado em 20 de outubro. O cartão, que deve ser acessado no site, vai trazer o local onde cada candidato fará a prova.
Em um evento em Osasco (SP), as autoridades marcaram o início oficial da distribuição dos cadernos do exame. Serão 13,5 milhões de provas do Enem, divididas em 70 mil malotes.
Especialista mostra como funciona o detector "Andre" (Foto: Vanessa Fajardo/G1)
Detectores de metal
O impasse com os detectores de metais envolveu uma disputa judicial com o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação, Seleção e Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo Cespe, da Universidade de Brasília (UnB), que foi responsável por aplicar o exame entre 2014 e 2016.
Um novo consórcio foi contratado para o Enem 2017 - e o governo entrou na Justiça afirmando que detém a propriedade dos detectadores de metal usados pelo Cebraspe nos anos anteriores.
A associação, por outro lado, diz que adquiriu por conta própria 80 mil equipamentos utilizados nos últimos anos e que, portanto, terá de negociar para que o Inep possa contar com os detectores nesta edição da prova.
"Os detectores de metal foram adquiridos exclusivamente pelo Cebraspe e empregados de maneira a garantir a segurança dos eventos realizados pelo Centro, restando evidente que esses aparelhos são de sua propriedade.
Como o Cebraspe não fará parte do consórcio aplicador do Enem 2017, não há qualquer obrigação contratual para a cessão desses aparelhos para o atual consórcio", informou em nota o órgão.
Enem 2017: mudanças no formato
O Enem 2017 passou por mudanças após consulta pública. Dessa vez, ocorrerá em dois domingos consecutivos: nos dias 5 e 12 de novembro.
A divisão de áreas de conhecimento também foi alterada: redação, linguagens e ciências humanas serão os temas do primeiro domingo, com duração de cinco horas e meia de prova. Uma semana depois, serão os exames de matemática e de ciências da natureza, com quatro horas e meia para realização.
Os resultados do Enem 2017 serão divulgados em 19 de janeiro de 2018. Os candidatos continuarão podendo acessar o resultado por área de conhecimento e o desempenho individual.
Via G1
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