No Amazonas Suspeito de executar atleta britânica é morto em Coari, diz Polícia Civil

Evanilson Gomes da Costa, 24, estava sendo procurado pela polícia, mas acabou assassinado por traficantes rivais, contou delegado.

Show 1505917482608413
Foto: Divulgação/Polícia Civil

Foi morto a tiros na noite de ontem, terça-feira (19), por volta das 23h, um dos suspeitos de participar do latrocínio da atleta britânica Emma Kelty, de 43 anos, assassinada a tiros na semana passada no rio Solimões, nas proximidades da comunidade Lauro Sodré, no município de Coari, localizado a 363 quilômetros de Manaus. As informações foram confirmadas pelo delegado José Afonso Barradas Junior, titular da delegacia de Coari.

Segundo o delegado, o suspeito morto é Evanilson Gomes da Costa, 24, que estava sendo procurado e apontado como o executor dos tiros de espingarda que mataram a britânica. Ele foi assassinado durante troca de tiros com um grupo rival. “Quem atirou nele foram traficantes. Quem relatou isso foi a irmã dele. Ele estava na casa da irmã, no bairro Pera, aqui em Coari. Chegando lá, os traficantes entraram na casa e atiraram nele. Souberam que ele estava com ouro e dinheiro da britânica e foram lá roubar. A polícia soube porque a irmã ligou para avisar”, disse o delegado José Afonso.

Após ser baleado, Evanilson foi levado para o Hospital Regional de Coari, onde foi a óbito. “Eu ainda cheguei a vê-lo com vida no hospital, mas como os tiros foram numa região comprometedora, em órgãos vitais, ele não resistiu”, disse o delegado. Os pertenceis pessoais da britânica que estavam com Evanilson não foram encontrados na residência da irmã dele.

Além de executar a britânica, Evanilson é suspeito de outros crimes no município de Coari. “Ele é possivelmente quem executou os tiros na britânica quando ela estava na barraca. É o vulgo ‘Baia’, que já respondia por outros homicídios em Coari e na região onde a britânica foi assassinada”, completou.

Presos e foragidos


Erimar, Nilson e Artur (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Ao todo, sete pessoas se envolveram no assassinato da britânica: um foi morto, três estão detidos na polícia e três foragidos. Os foragidos são Erimar Ferreira da Silva, o “Chico”; Nilson Ferreira da Silva, o “Preto”; e Artur Gomes da Silva, o “Beira”. Todos os três foragidos tiveram prisão preventiva solicitada à Justiça. Ontem, a Polícia Civil divulgou fotos deles pedindo ajuda da população para localizá-los.

Entre os detidos na polícia estão dois adolescentes de 17 anos apreendidos e um homem preso, identificado como Erinei Ferreira da Silva, o “Alfinete”. De acordo com o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Ivo Martins, todos os três já detidos confessaram o crime e denunciaram os demais envolvidos.

Além disso, Ivo Martins informou à reportagem que todos os envolvidos no crime moram próximo ou na comunidade Lauro Sodré, local onde foram encontrados os pertences pessoais e o caiaque usado pela atleta britânica. Segundo o delegado-geral adjunto, todos são “acostumados a cometer crimes pela região”.

Morta e jogada no rio



A atleta britânica Emma Kelty, de 43 anos, foi morta com dois tiros de espingarda calibre 20 e depois teve o corpo jogado no rio Solimões, nas proximidades da comunidade Lauro Sodré, em Coari, por volta das 19h da última quarta-feira (13). A vítima estava acampando dentro da barraca dela montada na Ilha do Boieiro quando foi abordada pelo grupo. Conforme depoimento dos envolvidos já detidos, eles estavam em uma canoa própria e foram para a comunidade para praticar crimes ocasionais.

Após matá-la, eles pegaram todos os pertences dela, entre celulares, tablet, câmera e drone, e depois tentaram afundar o caiaque dela furando a pequena embarcação com uma faca da própria britânica. “Mas ele (caiaque) é feito com um material que não afunda”, disse Ivo Martins. Eles eles colocaram o corpo da britânica na canoa deles e a jogaram no fundo do rio. A canoa usada no crime foi apreendida e será trazida para perícia em Manaus, em busca de material genético da atleta. Até o momento, o corpo da britânica não foi encontrado.

“Eles não são aqueles traficantes que achacam grandes quantidades de drogas nos rios da Amazônia. São pequenos traficantes e usuários de drogas que cometem crimes de oportunidade”, explicou o delegado-geral adjunto Ivo Martins.

Caiaque e pertences pessoais (Foto: Divulgação/Pol)ícia Civil

Com informações do site A Critica




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com exaltação do imaginário caboclo, Caprichoso vence 52º Festival Folclórico de Parintins, no AM

Postos anunciarão preço de combustível válido antes da redução do ICMS

MEC recolhe livro didático com conto que aborda incesto, tortura e morte