MEC volta atrás e confirma ciclo do livro didático de quatro anos
Ministério definiu que o tempo de vida útil dos livros será de quatro anos, e não seis, como anunciado antes. O processo de escolha de obras do PNLD torna-se mais centralizado no governo federal.
O Ministério da Educação (MEC) recuou na decisão de alterar o ciclo das obras do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para seis anos.
Em portaria publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, ficou definido que a vida útil das obras passará de três para quatro anos.
Em nota, o órgão justifica a mudança como sendo a melhor forma de atender os alunos da educação infantil, além de representar uma economia com a reposição.
Além disso, a partir de 2019, os livros passam a ser consumíveis: as
obras que os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental receberem
passarão a ser propriedade deles. .
“Essa mudança é de extrema
importância, pois traz autonomia para o aluno diante do livro, já que
ele poderá usar o material da melhor maneira, rabiscando e fazendo
anotações.", afirmou o secretário de Educação Básica do Ministério,
Rossieli Soares da Silva, em nota.
Outra mudança é que os professores da educação infantil e da educação
física passarão a ser incluídos no PNLD e receberão livros de apoio para
as aulas.
Nova comissão
As obras do PNLD, antes avaliadas por equipes independentes de
universidades federais apontadas pelo MEC, terão uma nova comissão para
serem escolhidas.
As equipes, coordenadas pelo Ministério, serão
compostas por especialistas de diversas áreas do conhecimento, além de
professores da educação básica e superior.
“O processo continua tendo a participação de professores das
universidades, mas fortalecemos a participação de professores da
educação básica.
São eles que utilizam o livro didático no dia-a-dia e,
por isso, conseguem fazer uma avaliação sob uma perspectiva diferente,
ajudando a aprimorar o programa", comentou o secretário Rossieli.
Além das equipes, o PNLD 2019 contará com uma comissão técnica, formada
por especialistas e pedagogos do MEC.
Os profissionais serão indicados
por entidades como o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Conselho
Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Associação Nacional dos
Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil
(Andifes).
G1
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