Homem é preso suspeito de oferecer cargos comissionados em secretaria no AM


Estelionatário pedia dinheiro das vítimas em troca dos supostos cargos na SSP, diz polícia. Ele vestia farda do sistema prisional e portava algemas no momento da prisão



Documentos foram apreendidos com o suspeito (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Documentos foram apreendidos com o suspeito (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM) 

 Luiz Paulo da Silva Queiroz, de 42 anos, foi preso por volta das 15h da segunda-feira (17), no bairro Novo Aleixo, Zona Norte de Manaus.

 Ele era procurado por ser suspeito de aplicar golpes oferecendo cargos comissionados na Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM). A polícia estima que o número de vítimas pode ser superior a 50.

O suspeito foi apresentado à imprensa em uma coletiva nesta terça-feira (18). Ele não quis comentar ao ser questionado sobre os crimes.

A delegada Joyce Coelho, titular do 11° Distrito Integrado de Polícia (DIP), disse que Luiz vestia farda do sistema prisional e portava algemas na cintura no momento da prisão. 

 Suspeito não comentou sobre os crimes  (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)Suspeito não comentou sobre os crimes (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM) 

 "Mais vítimas chegaram depois das investigações. Nós ouvimos 17 vítimas, mas em contato com outros DIPs vimos que existem mais de 50 pessoas lesadas por ele. 
Os crachás são falsificados, as secretarias negaram vínculo com ele, ele não tem acesso às secretarias", informa a delegada.

A investigação apontou que Luiz trabalhou como supervisor socioeducativo no sistema prisional, mas foi demitido em 2015 por má conduta.
Para a polícia, os golpes eram aplicados desde a época em que ele terceirizado no presídio.

Vítima

Um aposentado de 43 anos, que não quis se identificar, disse que pagou R$ 2 mil a Luiz por vagas como motoristas.

"Eu já o conhecia e um dia a gente se esbarrou na rua. Ele disse que estava trabalhando para polícia. Disse que estavam precisando de motoristas, mas que tinha que dar R$ 1 mil pela vaga. Paguei uma para o meu sobrinho e outra para meu irmão. Quando fui cobrar, ele ficou chateado, me ameaçou, me xingou", relata.

Alerta

A delegada Joyce Coelho diz que a população deve ter cautela e desconfiar de ofertas de emprego em troca de pagamento. 

 Por Suelen Gonçalves, G1 AM

"Ele cobrava R$ 300, R$ 700 adiantados. É importante ressaltar que a população não deve se encantar com esse tipo de coisa, não deve tentar tirar vantagem. Cargo público é por meio de concurso", pontua.

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