Concluída retirada de balsa do rebocador que naufragou no Rio Amazonas, em Óbidos

 barcaça que ficou presa na proa do rebocador no dia do acidente, foi removida em 12 de agosto e arrastada para perto da margem, para facilitar sua retirada do rio.


Parte da barcaça que havia ficado presa ao navio cargueiro foi retirada do rio pela equipe de salvatagem. Marinha acompanhou a operação (Foto: Marinha/ARDENT/Divulgação)
Parte da barcaça que havia ficado presa ao navio cargueiro foi retirada do rio pela equipe de salvatagem. Marinha acompanhou a operação (Foto: Marinha/ARDENT/Divulgação)

Encerrou nesta quinta-feira (26) a operação de retirada da balsa que ficou presa à proa do navio Mercosul Santos, em 2 de agosto deste ano, em Óbidos, no Pará, após batida com o rebocador CXX, da empresa de Transporte Bertolini, que resultou no naufrágio do rebocador e desaparecimento de nove pessoas.

Segundo informações da Marinha que acompanhou toda a operação, os pedaços da frente foram guilhotinados e retirados com o guindaste. Já a popa que estava mais conservada foi reflutuada. O serviço foi executado pela empresa ARDENT, contratada pela Bertolini.

Antes do navio Mercosul Santos ser liberado para seguir viagem, em 13 de agosto, a balsa foi retirada da proa e arrastada para um área mais rasa às proximidades da margem, onde foi deixada para afundar. A balsa ficou em uma profundidade entre 5 metros na proa e 15 metros na popa.

Para que a barcaça fosse retirada com segurança no dia 12 de agosto, foram utilizados dois empurradores e um rebocador.

Foi injetado ar em alguns dos tanques da embarcação para garantir que a mesma ficasse mais próxima da superfície. Cabos de reboque ligados aos empurradores foram amarrados à balsa e o rebocador ficou preso a polpa do Mercosul Santos. O serviço consistiu em fazer forças opostas entre o navio e a balsa.

O rebocador continua no fundo do Rio Amazonas, em uma profundidade de cerca de 60 metros. O plano de salvatagem já foi aprovado pela Marinha e deve ser executado pela empresa SMIT, especialista em reflutuação de embarcações em águas profundas, mas ainda não há data definida para o início dos trabalhos, uma vez que houve atraso na saída dos equipamentos da Holanda para o Brasil. A previsão era de que os trabalhos começassem no final do mês de outubro, mas os equipamentos ainda não chegaram.

O acidente


O rebocador com nove balsas carregadas com grãos bateu com o navio cargueiro na madrugada do dia 2 agosto, por volta de 4h30. De acordo com a Capitania Fluvial de Santarém, no empurrador havia 11 pessoas, sendo 9 tripulantes e dois passageiros. Duas pessoas conseguiram se salvar. Elas foram resgatadas e levadas de lancha para Santarém.

Buscas

Somente no dia 7 de agosto o rebocador foi encontrado, com o auxílio de um scanner. Ele está a 15 km longe de distância do local da batida, em uma profundidade de 63 metros. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros do Pará, coronel Francisco Cantuária, é necessário levar em consideração que o local onde o rebocador está tem visibilidade zero e forte correnteza. Esses fatores colocam aumentam os riscos da salvatagem.

Por Sílvia Vieira, G1 Santarém, PA

Comentários

  1. Sílvia, acredito que tenha sido um mero engano; mas " polpa ", só de cupuaçu!...

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  2. INCRÍVEL A MUDANÇA DO CULPADO PELO ACIDENTE, AGORA FOI A BALSA QUE BATEU NO NAVIO. NÃO ENTENDO MAIS NADA.

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