TRE publica portaria e suspende cronograma de eleição para governo do AM
Supremo Tribunal Federal (STF) cancelou eleição direta para escolher novo governador do estado
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) publicou, nesta sexta-feira (30), a portaria que suspende o cronograma da eleição suplementar para governador do estado. O cancelamento do pleito ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski decidir que os recursos do ex-governador José Melo e do vice à época, Henrique Oliveira, sejam julgados antes da realização de uma nova eleição.
A liminar concedida por Lewandoski só pode ser derrubada pelo plenário do STF, o que não é comum de ocorrer. Além disso, o Supremo entra em recesso nesta sexta (30) e só retorna no início de agosto, período previsto para a realização do pleito. O TSE também entra em recesso, o que deve adiar a análise dos recursos de Melo e Oliveira.
A partir da portaria, todas as atividades que já estavam em curso para a realização da eleição, nos dias 6 e 27 de agosto - 1º e 2º turno, respectivamente - estão suspensas.
Segundo o diretor do TRE-AM, Messias Andrade, o desperdício de dinheiro gasto nas operações supera R$ 5 milhões.
"Tenho que fazer voltar todos os servidores que estão nos municípios. Trabalhamos muito e tudo foi jogado fora", comentou Andrade.
Entenda o caso
No início de maio, quando o TSE acompanhou a decisão do TRE-AM, que cassou os mandatos dos governador e vice do Amazonas, o Tribunal Superior determinou, além do afastamento de José Melo e Henrique Oliveira, a realização de novas eleições para o governo.
Os dois são acusados de compra de votos das eleições 2014 e foram afastados.
A defesa de Oliveira questionou no Supremo e conseguiu suspender o pleito, que já tinha data marcada.
A decisão não conduz Melo e Oliveira de volta aos cargos na chefia estadual. O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), David Almeida, permanece do cargo.
G1 Amazonas
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