Pará perdeu 1,8 milhão de linhas celulares ativas

Pará perdeu 1,8 milhão de linhas celulares ativas  (Foto: Marco Santos)




A telefonia móvel vem apresentando queda no número de linhas registradas no Estado do Pará desde 2015. Segundo dados oficiais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no período de um ano, de março de 2016 a março de 2017, o Estado registrou redução de 8% no número de celulares com números ativos. Em dados absolutos, o Pará teve a maior queda dentre os Estados da Região Norte.

Comparando dados de anos anteriores é possível verificar que o Estado vinha mantendo crescimento no número de linhas pelo menos desde 2009, considerando mesmo o recorte de tempo (março a março de cada ano). O cenário começou a se modificar a partir de 2015, quando as reduções iniciaram e vêm se mantendo até 2017. Nesses dois anos, o Estado perdeu 1,8 milhão de telefones com ligações ativas. A realidade no Pará segue a tendência de todo o País.

Em 2017, a telefonia móvel teve queda de 15,02 milhões de linhas em todo o Brasil, em comparação ao mesmo mês de 2016. Todos os Estados brasileiros tiveram redução, com exceção de Roraima, que registrou crescimento de 8 mil linhas.


MERCADO


Para o diretor regional da Claro no Norte Marcelo Campos, a realidade apontada pela Anatel é um reflexo da mudança de comportamento do consumidor, que, seguindo uma tendência mundial, passou a fazer menos ligações de voz para se comunicar. Ele prefere, agora, os aplicativos de mensagens e redes sociais. “Esse movimento no Brasil já era esperado pela Claro, que considera que a queda no número de linhas móveis reflete o ciclo normal de desconexão do mercado e o crescente interesse pelo uso de Internet no celular”, avalia.

Diante deste cenário, o diretor regional aponta que a operadora tem focado sua estratégia na preferência pelo uso da internet. “A operadora reformulou seus planos oferecendo um maior pacote de dados para os clientes navegarem quando e onde quiserem”, afirma.



LINHAS MÓVEIS ATIVAS NO PARÁ

Março 2015: 9.386.911
Março 2016: 8.162.769
Março 2017: 7.509.506

Procura diminuiu, mas chips pré-pagos ainda vendem

Ponto de bastante movimentação da Região Metropolitana de Belém (RMB), o Pórtico Metrópole, no Entroncamento, concentra uma quantidade considerável de vendedores que oferecem chips de diversas operadoras.
 No dia em que o DIÁRIO esteve no local, pelo menos 8 vendedores ofereciam o serviço. Apesar da procura ainda existente, a vendedora Jéssica Andrade, 24 anos, conta que a venda já foi maior. “Antes era bem mais, mas as pessoas ainda compram chip todo dia. Não tem um dia que a gente fique sem vender nada”, aponta.

Apesar de aceitar a oferta e adquirir o chip de uma operadora, o administrador Alexandre Marques, 31 anos, destaca que não tem intenção de ativar uma nova linha. “Eu já tenho uma linha nessa operadora. Eu vou comprar o chip, mas vou manter o mesmo número”, garante.

Alexandre conta que nunca manteve mais de uma linha de telefone móvel ao mesmo tempo. Ainda que muitos conhecidos o façam para conseguir falar com preços mais baixos entre as operadoras, ele nunca viu muita vantagem nesta prática. 
“Eu nunca gostei de fazer isso, mas apesar de já estarem cobrando um mesmo preço pelas ligações independente das operadoras, ainda tem gente que tem mais de um linha”.

(Cintia Magno/Diário do Pará)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com exaltação do imaginário caboclo, Caprichoso vence 52º Festival Folclórico de Parintins, no AM

MEC recolhe livro didático com conto que aborda incesto, tortura e morte

'A perseguição nunca acabou', diz autor de livro sobre caçada nazista a gays