Medo de dirigir causa fobia e pode ser contornado com ajuda de especialistas
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, em 2013, 2 milhões de brasileiros não dirigiam por medo, sendo as mulheres a maioria (75%) dos atingidos pelo problema.
O medo pode virar uma fobia e causar muito desconforto e sofrimento nas pessoas (Foto: Divulgação)
Com o crescimento da quantidade de veículos circulando, cresce também o número de pessoas que criam o medo de conduzir seus carros, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, podendo até chegar ao ponto de fobia chamada de Amaxofobia. A dentista Maruska Pinto, 29, tem há três anos esse medo. Ela conta que sempre se imaginou dirigindo pelas ruas, mas quando conseguiu a habilitação, tudo mudou.
“Onde todos reclamavam e diziam que era a parte mais difícil, que era a baliza (estacionamento em 180°), eu achei a mais fácil e fiz de primeira. Porém, na rua, sentia um frio na barriga, mas que na época (da autoescola) dava para controlar, depois que consegui ‘pegar’ a carteira, não peguei mais em nenhum carro, acho que vem daí o medo de dirigir, pois não tinha um carro meu para que eu pudesse sair”, disse.
Maruska diz também que se sente frustrada e que sente medo das pessoas a ‘xingarem’ no trânsito, e afirma que muitas pessoas acham que é bobagem o medo da direção, mas que também tem pessoas que indicam ajuda.
“Às vezes, quando ainda estamos aprendendo a dirigir, tem um pouco de preconceito das pessoas, quando você faz alguma coisa errada no trânsito, por exemplo, sempre saem aquelas piadinhas ‘comprou a carteira? ’. Isso foi me frustrando, fazendo com que não quisesse mais dirigir. Nunca pensei em procurar ajuda, mas já me indicaram vários. Eu realmente estou desestimulada a dirigir”, confessa.
A psicóloga Fabiana Konasugawa da autoescola para habilitados Dirigindo Bem, diz que a violência no trânsito aliada à falta de paciência com quem está iniciando podem reforçar a insegurança e o medo. “Vendo a quantidade de acidentes, isso vai gerando nas pessoas ansiosas a ideia de que elas podem também causar acidentes, bater o carro, atropelar alguém e isso as apavora. O medo pode virar uma fobia e causar muito desconforto e sofrimento nas pessoas, onde os principais sintomas são respiração ofegante, calor, calafrio, tremores, pés e mãos geladas, impaciência, falta de concentração, entre outros”, disse.
Fabiana lembra que é importante a busca por um profissional, de preferência de uma autoescola especializada, para que se possa avaliar qual o motivo do medo, já que isso pode variar de pessoa pra pessoa. “Algumas pessoas sentem medo porque não foram devidamente treinadas, outras sofreram traumas ou críticas severas que acabaram criando um bloqueio. Por isso, a importância de trabalhar prática e controle emocional. A inserção ao trânsito precisa ser de maneira cautelosa, com atividades mais fáceis e aos poucos ir aumentando o nível de dificuldade, até a pessoa ir adquirindo o controle técnico e emocional para de fato dirigir sozinho”, conta.
Segundo a psicóloga, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, em 2013, 2 milhões de brasileiros não dirigiam por medo, sendo as mulheres a maioria (75%). “O índice de mulheres é maior, mas muitos homens também sofrem disso, sendo que às vezes o homem tem mais dificuldade de admitir”, completa.
Via D24am\Natasha Pinto
O medo pode virar uma fobia e causar muito desconforto e sofrimento nas pessoas (Foto: Divulgação)
Com o crescimento da quantidade de veículos circulando, cresce também o número de pessoas que criam o medo de conduzir seus carros, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, podendo até chegar ao ponto de fobia chamada de Amaxofobia. A dentista Maruska Pinto, 29, tem há três anos esse medo. Ela conta que sempre se imaginou dirigindo pelas ruas, mas quando conseguiu a habilitação, tudo mudou.
“Onde todos reclamavam e diziam que era a parte mais difícil, que era a baliza (estacionamento em 180°), eu achei a mais fácil e fiz de primeira. Porém, na rua, sentia um frio na barriga, mas que na época (da autoescola) dava para controlar, depois que consegui ‘pegar’ a carteira, não peguei mais em nenhum carro, acho que vem daí o medo de dirigir, pois não tinha um carro meu para que eu pudesse sair”, disse.
Maruska diz também que se sente frustrada e que sente medo das pessoas a ‘xingarem’ no trânsito, e afirma que muitas pessoas acham que é bobagem o medo da direção, mas que também tem pessoas que indicam ajuda.
“Às vezes, quando ainda estamos aprendendo a dirigir, tem um pouco de preconceito das pessoas, quando você faz alguma coisa errada no trânsito, por exemplo, sempre saem aquelas piadinhas ‘comprou a carteira? ’. Isso foi me frustrando, fazendo com que não quisesse mais dirigir. Nunca pensei em procurar ajuda, mas já me indicaram vários. Eu realmente estou desestimulada a dirigir”, confessa.
A psicóloga Fabiana Konasugawa da autoescola para habilitados Dirigindo Bem, diz que a violência no trânsito aliada à falta de paciência com quem está iniciando podem reforçar a insegurança e o medo. “Vendo a quantidade de acidentes, isso vai gerando nas pessoas ansiosas a ideia de que elas podem também causar acidentes, bater o carro, atropelar alguém e isso as apavora. O medo pode virar uma fobia e causar muito desconforto e sofrimento nas pessoas, onde os principais sintomas são respiração ofegante, calor, calafrio, tremores, pés e mãos geladas, impaciência, falta de concentração, entre outros”, disse.
Fabiana lembra que é importante a busca por um profissional, de preferência de uma autoescola especializada, para que se possa avaliar qual o motivo do medo, já que isso pode variar de pessoa pra pessoa. “Algumas pessoas sentem medo porque não foram devidamente treinadas, outras sofreram traumas ou críticas severas que acabaram criando um bloqueio. Por isso, a importância de trabalhar prática e controle emocional. A inserção ao trânsito precisa ser de maneira cautelosa, com atividades mais fáceis e aos poucos ir aumentando o nível de dificuldade, até a pessoa ir adquirindo o controle técnico e emocional para de fato dirigir sozinho”, conta.
Segundo a psicóloga, de acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, em 2013, 2 milhões de brasileiros não dirigiam por medo, sendo as mulheres a maioria (75%). “O índice de mulheres é maior, mas muitos homens também sofrem disso, sendo que às vezes o homem tem mais dificuldade de admitir”, completa.
Via D24am\Natasha Pinto
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