Primeiro-marido' gay faz sucesso em foto com primeiras-damas da Otan.

Gauthier Destenay é casado com Xavier Bettel, primeiro-ministro de Luxemburgo



BRUXELAS — Uma foto supostamente tradicional da reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Bruxelas está fazendo muito sucesso na internet. Tudo porque a imagem das primeiras-damas no encontro ganhou neste ano uma presença inédita na foto: um "primeiro-marido". Ele é Gauthier Destenay, casado com o primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel.

lém de Destenay, posaram para a foto rostos já conhecidos pelo mundo todo. Estão a primeira-dama americana, Melania Trump; a nova primeira-dama francesa, Brigitte Macron; a rainha Matilde, da Bélgica; a primeira-dama da Turquia, Emine Gulbaran Erdogan; a mulher do secretário-geral da Otan, Ingrid Schulerud, além das primeiras-damas da Bulgária e Islândia.
Bettel se uniu com Destenay oficialmente em 2015, após o casamento gay ser reconhecido judicialmente no país. Ele se tornou o primeiro premier de Luxemburgo a assumir que é homossexual em dezembro de 2014, após uma campanha eleitoral em que a sua sexualidade não era segredo nem problema. Antes do encontro na Otan, Destenay já havia acompanhado o marido em visita ao Vaticano.




Gauthier e Xavier Bettel: casados perante a lei desde 2015 - AP / AP

Além disso, ele é o único chefe de governo assumidamente gay desde que a ex-premier da Islândia Johanna Sigurðardóttir e o ex-premier da Bélgica Elio di Rupo terminaram seus mandatos, repectivamente,entre 2013 e 2015..
— Eu tenho apenas uma vida, e eu não quero esconder a minha vida — disse Bettel uma vez em entrevista. — Mas eu não era "o candidato gay". As pessoas não votaram em mim por eu ser gay ou heterossexual.

Para muitos, a presença de Destenay na foto envia uma forte mensagem contra a homofobia, uma vez que o encontro da Otan reúne importantes líderes mundiais


Dez países onde a homossexualidade pode ser punida com morte
.

Iêmen

O código penal de 1994 define que homens casados que tiverem relações homossexuais recebam pena de morte por apedrejamento. Homens solteiros são chicoteados ou condenados a um ano de prisão. E as mulheres passam até sete anos na cadeia.

Irã

De acordo com a lei islâmica da sharia, relações homossexuais entre homens podem ser punidas com pena de morte. No Irã, há inúmeros relatos não contabilizados destas punições. Até beijos entre duas pessoas do sexo masculino podem render castigo físico. Para as mulheres, a punição são chicotadas.

Iraque

Apesar do código penal não proibir a homossexualidade no país, pessoas já foram mortas por milícias e sentenciadas à morte por causa da aplicação da lei da sharia — não necessariamente incorporado em sua totalidade ao código penal local.

Arábia Saudita

Segundo a interpretação da sharia no país, como a prática de sodomia é proibida para os muçulmanos, pode ser punida com apedrejamento à morte. As relações extraconjugais também são consideradas ilegais e levam à execução.

Mauritânia

Os homens podem ser mortos por apedrejamento. Para as mulheres, a pena para a homossexualidade é a cadeia, como estabelecido pela lei de 1984.

Qatar

No país do Golfo Pérsico, a lei da sharia só se aplica aos muçulmanos, que podem ser setenciados à morte no caso de relacionamentos extraconjugais, independente da orientação sexual.

Nigéria

A lei federal classifica a homossexualidade como crime passível de prisão. Entretanto, alguns estados adotam a sharia e punem os homens gays com sentença de morte. Uma lei de janeiro desse ano proíbe a reunião e formação de clubes compostos por homossexuais.

Somália

O código penal somali determina prisão para os homossexuais. Em algumas regiões do Sul do país, os gays podem receber a pena de morte por causa das violações à sharia.

Sudão

A lei sudanesa determina a pena de morte para os reincidentes pela terceira vez na sodomia. Nas primeiras duas vezes, os castigos são a cadeia e o açoite.

Emirados Árabes

Não há consenso entre os juristas do país se a lei federal determina pena de morte para relações homossexuais consentidas ou apenas nos casos de estupro. Em um relatório recente da Anistia Internacional, não foram encontrados registros de penas de morte motivadas por relações homossexuais. Qualquer caso extraconjugal é contra a lei.


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