Alimentação inadequada e sedentarismo aumentam a obesidade

 Como ajudar a criança com excesso de peso a emagrecer ...

O consumo de alimentos calóricos, industrializados e processados, aliado à ausência de atividades físicas são alguns dos fatores determinantes para a obesidade, que já afeta mais de 50% da população brasileira, de acordo com recente pesquisa realizada pelo Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).

 A pesquisa faz parte das ações do Ministério da Saúde para estruturar a vigilância de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no País, na última década.

Diante do cenário nacional, a endocrinologista Flávia Cunha, que atua no Hospital Jean Bitar (HJB), afirma que o excesso de peso corporal “se trata de um problema nacional e mundial”. Somente no Brasil, em 10 anos o número de obesos cresceu 60%, com prevalência em pessoas a partir dos 24 anos.

 O sexo masculino lidera o ranking, com 57,7%. Já no aspecto da obesidade a frequência entre os sexos é bem próxima: 19,6% homens e 18,1% mulheres. O mais preocupante, explica Flávia Cunha, é o aumento da doença, porque impacta diretamente no crescimento de doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
                                   Obesidade em mulheres - Mulher com Saúde
A manicure Daniela Souza, 32 anos, sentiu esses problemas na pele há quase três anos, quando iniciou o tratamento no Hospital Jean Bitar para realização de cirurgia bariátrica. Nascida em Santa Bárbara do Pará (Região Metropolitana de Belém), ela chegou a pesar 178 quilos, desenvolveu diabetes e hipertensão, teve dificuldade para dormir, dores nas articulações e muito desconforto causado pela obesidade.

Hoje, ela pesa 80 quilos e não precisa mais tomar os remédios diários para tratar as doenças associadas.

Agora, Daniela aguarda a cirurgia plástica reparadora nos braços, seios e abdômen. "Desde o início do tratamento sempre fui muito bem tratada por toda a equipe, desde a higienização até os médicos que me atendem”, conta a usuária.

Referência - No HJB, que é referência no Estado para prevenção, diagnóstico e tratamento da obesidade, a realidade é inversa à da pesquisa nacional: cerca de 70% dos usuários em atendimento ambulatorial são do sexo feminino.

“No hospital, como em todo atendimento de saúde, os homens procuram menos o médico, fazendo com que o cenário da unidade seja mais feminino”, observa a especialista.
Isso reflete o hábito alimentar do belenense, que consome basicamente carboidrato, principalmente farinha, pão e massas em geral. “O paraense consome em excesso esse tipo de alimentação e poucos alimentos saudáveis. O grau de inatividade física da população também é muito grande”, aponta a médica.

Flávia Cunha reconhece as dificuldades de quem vive nas grandes capitais em manter uma dieta balanceada. “É difícil resistir às comidas mais rápidas dos fast foods”, ressalta a especialista, alertando para a necessidade de optar por uma alimentação rica em proteínas, legumes, fibras e frutas.

Segundo ela, a prevalência de obesidade na capital é maior que na zona rural, onde há maior consumo de alimentos naturais e mais atividade física.

Sobre a efetividade dos resultados pesquisados pela Vigitel, a endocrinologista informa que a pesquisa é feita por meio de telefonemas, sem aferição de peso e altura. Esses dados são informados durante a ligação. “Dessa forma, serve como um panorama nacional e também para ver a evolução da população, mas não um dado pontual que representa que mais da metade da população de Belém esteja obesa”, acrescenta.
 
O atendimento no Hospital Jean Bitar é referenciado pela Unidade Básica de Saúde, que encaminha usuários com obesidade grave. Casos de obesos são tratados pelo Centro de Diabetes e Endocrinologia do Estado do Pará, que atua dentro do HJB.

Em 2017, a equipe multiprofissional do hospital de média e alta complexidade realizou 21.874 atendimentos ambulatoriais por especialidades. Desses, 4.130 em endocrinologia, que liderou o ranking. No mesmo período foram realizadas 43 cirurgias bariátricas e 59 cirurgias reparadoras.

O HJB dispõe de 70 leitos e é referência estadual para endoscopia digestiva, endocrinologia, reumatologia, geriatria, pneumologia e clínica médica.

Os usuários do hospital contam com uma equipe de especialistas, estrutura, equipamento e tecnologias de ponta para realização de cirurgias de parede abdominal e gástrica, e ainda para cirurgias nas vias biliares e intestino.

Serviço: O Hospital Jean Bitar funciona na Rua Cônego Jerônimo Pimentel, Bairro do Umarizal. Mais informações: (91) 3239-3800.

Fonte Agência Pará

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