Comércio estima queda de até 30% em produtos para as comemorações da Semana da Pátria
Uniformes escolares têm estoque abastecido -
Com a proximidade das
comemorações do 7 de Setembro, a lógica do comércio é aumentar a procura
por alguns artigos relacionados aos desfiles das escolas. Mas, em
Santarém, no oeste do Pará, a baixa procura por esses produtos tem
preocupado os proprietários e funcionários do centro comercial. Muitos
apontam que vão vender bem menos do que no ano anterior. Segundo os
lojistas, em armarinhos e lojas que vendem uniformes a queda pode chegar
até 30%.
De acordo com Angeli Mendes, a
proprietária de um armarinho, as vendas no ano passado foram boas, mas
este ano, devido à crise, houve uma diminuição muito grande de vendas
desde o início do ano. “Esse ano a diminuição nas vendas podem chegar
até 30%. Nem mesmo datas comemorativas, como festas juninas ou Copa do
Mundo fizeram com que a gente obtivesse o que era esperado. A gente crê
que as pessoas que realmente precisam do produto vão acabar vindo para
comprar e se Deus quiser a gente vai poder faturar. ”
Para a vendedora de um outro
armarinho, Darlen Ruiz, a diminuição do movimento também foi sentida. A
loja que ela trabalha estima que o estoque deste ano é 20% melhor do que
no ano anterior. “A procura está bem menor, a gente percebe que as
pessoas estão vindo em busca destes produtos em uma frequência menor do
que em anos anteriores. O brasileiro sempre deixa para a última hora,
então, a nossa expectativa é de que o movimento melhore nesta última
semana de venda até o início das comemorações”.
Segundo o empresário Jedson
Batista, no setor de malharias e produção de uniformes paras as escolas,
os resultados podem ser considerados ainda mais alarmantes. A queda nas
vendas dos produtos foi sentida durante todo o mês de agosto, período
que deveria estar aquecida por conta do retorno dos alunos para as
aulas. Mesmo assim, o empresário acredita que pode reverter o quadro e
tem esperança de que o consumidor apareça neste período que antecede a
semana da pátria. “A gente completou o estoque e estamos na espera.
Mesmo não sendo aquilo que foi alcançado em outros anos , creio que
sirva para satisfazer as necessidades da empresa”.
O empresário aponta que o
cliente ainda está receoso em fazer gastos e acaba buscando
alternativas, evitando assim a compra de produtos, como uniformes para
os filhos, por exemplo. “Quando a gente se comunica com o cliente, ele
sempre relata que este ano está um pouco mais difícil incluir este tipo
de material no orçamento e ele acaba consumindo menos. Quem comprava
dois, compra só um. Quem comprava um conjunto, hoje compra só uma peça e
tenta reaproveitar uniformes do início do ano ou de anos anteriores”,
conclui Jedson.
Weldon Luciano
via 0 estadonet
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