Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo alerta para importância de exercícios
Hoje (10) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo.
Você se exercita? Com qual frequência? Faz exames regularmente para saber se a sua saúde está boa ou se índices e taxas, como nível de gordura no sangue, estão dentro dos patamares aceitáveis? Essas preocupações, infelizmente, não fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros, que ainda não se movem, literalmente, em busca de uma vida mais saudável.
Para alertar pessoas, organizações e governos sobre esse problema, hoje (10) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para colocar em pauta a importância de práticas saudáveis, como atividades físicas e alimentação adequada.
Você se exercita? Com qual frequência? Faz exames regularmente para saber se a sua saúde está boa ou se índices e taxas, como nível de gordura no sangue, estão dentro dos patamares aceitáveis? Essas preocupações, infelizmente, não fazem parte do cotidiano de milhões de brasileiros, que ainda não se movem, literalmente, em busca de uma vida mais saudável.
Para alertar pessoas, organizações e governos sobre esse problema, hoje (10) é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Sedentarismo. A data foi criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para colocar em pauta a importância de práticas saudáveis, como atividades físicas e alimentação adequada.
O sedentarismo está associado a doenças
crônicas como o infarto, a hipertensão e a diabetes. Ele tem como
resultado direto o aumento do sobrepeso e da obesidade, hoje problemas
crescentes no país.
Segundo o último levantamento, por
telefone, do Ministério da Saúde, o Vigitel, realizado em 2016, a
obesidade era uma condição para 18,9% da população, quase 10 pontos
percentuais acima do índice registrado dez anos antes (11%). O sobrepeso
atingia 53,8% dos entrevistados. No mesmo período, de 2006 a 2016, o
diagnóstico de diabetes passou de 5,5% para 8,9% e o de hipertensão foi
de 22,5% para 25,7%.
Alto índice
O levantamento do Ministério da Saúde
também revelou que 62% dos entrevistados não praticavam esportes. Apenas
37,6% das pessoas estavam envolvidas com alguma modalidade. Entre
esses, a ocorrência era maior em homens (46,6%) do que em mulheres
(29,9%).
O sedentarismo também aparecia mais entre os mais jovens: em
moças e rapazes de 18 a 24 anos o índice subia para 52,2%, enquanto
entre aqueles com 65 anos ou mais ele caía para 22,3%.
Quando consideradas outras formas de
atividade física (como durante o deslocamento para o trabalho ou a
outros locais), o índice de pessoas realizando essas práticas subia,
chegando a 55%. Ainda nesse caso, a diferença de idade seguia sendo um
fator determinante, com a taxa ficando em 65,7% na faixa de 18 a 24 anos
e em 28,8% na de pessoas com mais 65 anos ou mais.
Outro levantamento, divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio de 2017,
tomando como base a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)
de 2015, chegou a índices semelhantes.
O estudo também investigou os
motivos da recusa em praticar esportes. Entre os mais jovens
entrevistados a maioria alegou falta de interesse, enquanto entre os
mais velhos a justificativa mais comum foi o pouco tempo disponível.
Cultura e educação
O presidente do Conselho Federal de
Educação Física (Confef), Jorge Steinhilber, acredita que apesar do
Brasil propiciar condições para a prática de esportes durante todo o ano
(não tendo impedimento por conta de neve, por exemplo), não há uma
cultura entre a população de envolvimento com atividades físicas.
Uma das razões para isso, de acordo com
ele, é o fato de não haver uma valorização da educação física no período
escolar. “Sem isso, você deixa de alfabetizar a criança em termos de
movimento, de cultura de atividade física e de levar a ela a importância
do significado da atividade física para o futuro. Acaba sendo um
círculo vicioso nosso.
Se desde a criança eu não levo isso, vai ter
muito mais dificuldade no futuro da pessoa entender a prática da
atividade física”, disse.
O presidente do Confef destaca como uma
das iniciativas para qualificar a educação física na rede de ensino a
aprovação do Projeto de Lei 3047/2015, que obriga a presença de
professores formados em educação física nessa disciplina. A matéria foi
aprovada pelo Senado e ainda tramita em comissões na Câmara dos
Deputados.
Benefícios
De acordo com a médica e integrante do
conselho federal da categoria (CFM) Rosylane Rocha, a prática de
atividade física traz diversos benefícios à saúde; favorece a
normalização dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicemia;
previne doenças cardiovasculares e mitiga a evolução da osteoporose.
Além disso, também libera endorfinas e faz com que o indivíduo se sinta
com mais energia para as atividades diárias e de trabalho, bem como
melhora a qualidade do sono e o próprio humor.
Mas para quem está sedentário e quer
começar a praticar alguma atividade física, a conselheira orienta a
procurar assistência especializada.
“Quem quer começar deve procurar um
médico para ver o padrão cardiorespiratório e depois um profissional de
educação física que possa orientar as atividades de acordo com as
condições físicas, se tem questão cardíaca, problema de articulação ou
alguma limitação”, recomenda.
A médica lembra também que um cuidado
fundamental é realizar a atividade com regularidade. “Há quem queira
fazer atividade muito desgastante sem regularidade. Isso pode causar
lesão em vez de trazer benefício”, alerta.
Agência Brasil
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