Caça da Marinha cai no mar do RJ; piloto está desaparecido .

Modelo de avião que caiu no mar do Rio de Janeiro.
Dois caças modelo AF-1B (A-4KU-Skyhawk) da Marinha do Brasil colidiram durante treinamento nesta terça-feira, 26, ao largo de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, provocando a queda de um dos aparelhos no mar. O piloto conseguiu se ejetar, mas não tinha sido encontrado até o início da noite desta terça. O outro aparelho pousou na Base Aeronaval de São Pedro D’Aldeia em segurança.
Segundo nota da Marinha, os aviões treinavam ataques a alvos de superfície com a fragata “Liberal”, a cerca de cem quilômetros da costa. Quando se afastavam do navio, em formação tática, bateram. Uma operação de busca e salvamento, com pelo menos cinco helicópteros e dois navios, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, foi desencadeada na região. As buscas pelo piloto desaparecido, cujo nome não foi divulgado, continuavam à noite.
Por meio de nota, a Força lamentou o ocorrido. “A Marinha deu início às buscas pelo piloto e está prestando todo o apoio necessário à família do militar”, disse no texto.
A Força negou oficialmente ao Estado que o treino fizesse parte da preparação para a Olimpíada. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, tratava-se de atividade de rotina.
Histórico. O avião acidentado passara por processo de modernização na Embraer, segundo contrato de R$ 106 milhões assinado em 2009, envolvendo doze aeronaves do modelo. Os Skyhawk adquiridos pelo Brasil lutaram na Guerra do Golfo (1990-1991), tendo cumprido missões na Operação Tempestade do Deserto. Atualmente, porém, são considerados aeronaves obsoletas - os EUA aposentaram os seus últimos em 1999.
O País comprou 23 A-4 Skyhawk, todos da versão A-4KU, a última a ser produzida. Três eram modelos com dois lugares, para treinamento; os demais eram monopostos, com espaço apenas para o piloto. Porém, apenas 12 continuavam em condições de voo.
Os aviões foram comprados do Kuwait ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), para equipar o porta-aviões São Paulo, adquirido da Marinha francesa, onde servira sob o nome de Foch.
Os aparelhos ficam sediados na Base de São Pedro d’Aldeia, onde integram o Primeiro Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (Esquadrão VF-1). Deveriam atuar a partir do São Paulo, mas o porta-aviões teve vários problemas técnicos nos últimos anos, inclusive um incêndio. Os A-4 da Marinha do Brasil devem ser aposentados em 2025.

FONTE O Estadão

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Com exaltação do imaginário caboclo, Caprichoso vence 52º Festival Folclórico de Parintins, no AM

MEC recolhe livro didático com conto que aborda incesto, tortura e morte

'A perseguição nunca acabou', diz autor de livro sobre caçada nazista a gays