2,7 milhões ainda não sacaram PIS de 2016; veja quem tem direito
O valor do abono do PIS/Pase varia de 80 a 954 reais, dependendo do tempo em que a pessoa trabalhou com carteira assinada em 2016
O maior montante pago no mesmo período foi para a região Sudeste, que recebeu 7,5 bilhões de reais (Ricardo Matsukawa/VEJA.com
O prazo para o trabalhador sacar o abono do PIS/Pasep
de 2016 termina em 29 de junho. Cerca de 2,7 milhões de trabalhadores
ainda não foram buscar o dinheiro a que têm direito, que totaliza mais
de 2 bilhões de reais. Se esse valor não for retirado até a data máxima,
o trabalhador perde o direito ao benefício e o dinheiro vai para o
Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
O pagamento do abono de 2016 começou em 27 de julho de 2017. Desde então, mais de 21,7 milhões de trabalhadores já receberam o benefício, o que representa 88,90% do total. Os valores sacados até agora somam 16,1 bilhões de reais.
O valor do abono do PIS/Pase varia de 80 a 954 reais, dependendo do tempo em que a pessoa trabalhou com carteira assinada em 2016 – o valor máximo é para quem ficou empregado os 12 meses do ano.
Os recursos que não forem retirados até o prazo final voltarão para o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)
e serão destinados ao pagamento do Seguro-Desemprego e do Abono
Salarial do próximo ano. Trabalhadores da iniciativa privada recebem na Caixa, e servidores públicos, no Banco do Brasil.
Quem tem direito
O Abono Salarial ano-base 2016 é pago a quem estava inscrito há pelo menos cinco anos no PIS/Pasep
e trabalhou formalmente por pelo menos um mês naquele ano, com
remuneração média de até dois salários mínimos. Além disso, é preciso
que os dados tenham sido informados corretamente pelo empregador na
Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
O valor do beneficio é proporcional à
quantidade de meses trabalhados formalmente no ano-base e varia de 80
reais a 954 reais. Quem trabalhou durante todo o ano, recebe o valor
cheio; quem trabalhou por apenas 30 dias, recebe o valor mínimo, e assim
sucessivamente.
A região com a taxa mais alta de cobertura
até o fim de março foi o Nordeste: 91,42% do total de 5,5 milhões de
trabalhadores com direito ao abono sacaram o benefício. O destaque é o
Piauí, com mais de 265 mil abonos pagos, o que representa 96,61 % do
total. Em seguida está a região Sudeste, com 88,74%, e o Sul, com 88,71%.
O maior montante
pago no mesmo período foi para a região Sudeste, que recebeu 7,5
bilhões de reais, divididos entre 10,2 milhões de beneficiários, com
destaque para o estado de São Paulo, com 5,2 milhões de abonos pagos,
totalizando 3,8 bilhões de reais desde julho de 2017. O Nordeste aparece
em segundo lugar com maior valor retirado: 5 milhões de beneficiários
sacaram 3,8 bilhões de reais.
Dúvidas podem ser tiradas diretamente no Ministério do Trabalho, telefone 158, ou na Caixa (0800-726-0207) ou no Banco do Brasil (0800-729-0001).
veja.abril.com.br
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