Pará perde R$ 1,6 bilhão com a violência no trânsito, diz estudo.
o CPES estudou os dados disponibilizados pelo DPVAT.
A maioria das vítimas concentra-se na faixa etária de 18 a 64 anos.
No primeiro semestre de 2016, o Pará perdeu R$ 1,64 bilhão em decorrência de acidentes graves de trânsito. Esse é o impacto econômico provocado pela morte de 826 pessoas ao volante e os 744 casos de invalidez permanente, entre janeiro e junho deste ano. Os cálculos são do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), da Escola Nacional de Seguros, com base em dados do DPVAT.
A maioria das vítimas está em idade ativa e concentra-se na faixa etária de 18 a 64 anos. Ou seja, pertence a um grupo em plena produção de riquezas para a sociedade. O prejuízo econômico equivale ao que deixa de ser produzido ao longo da vida útil dos trabalhadores.
O total de perdas econômicas apurado no primeiro semestre é 10,45% inferior ao registrado no mesmo período de 2015, quando o estado perdeu R$ 1,83 bilhão com a violência no trânsito. Na comparação entre um semestre e outro, houve redução de 3,5% no número de mortes e de 17,07% nos casos de invalidez permanente. Com isso, o estado deixou de perder R$ 190 milhões relacionados a sua força produtiva.
Segundo o diretor do CPES, Claudio Contador, a redução do número de vítimas do trânsito é um avanço importante. Ela mostra que o Brasil pode convergir para índices de países mais avançados, mas está longe de ser motivo para comemoração.
“A violência no trânsito ainda é uma tragédia de proporções épicas, com forte impacto social e econômico. Os acidentes representam um custo muito alto para o país. É necessário criar uma cultura de responsabilidade ao volante, com ações permanentes de educação e de fiscalização para mudar essa realidade trágica", comentou Claudio Contador.
As perdas econômicas do estado são quase duas vezes maiores que as despesas de saúde pública de Belém (R$ 980 milhões) e três vezes o montante de educação (R$ 462 milhões), em 2015. Se for mantida a frequência de acidentes e o número e vítimas neste semestre, o prejuízo pode superar toda a receita de Belém no ano passado: cerca de R$ 2,7 bilhões.
FONTE G1 Pará
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