Inmetro promove campanha de alerta sobre o risco de morte no uso de cauda de sereia

Acessório tem grande apelo entre crianças e adolescentes


Crianças com caldas de sereia nadam em piscina - Monica Imbuzeiro - 09/06/2017 / Agência O Globo

No rastro do sucesso da novela “A Força do Querer” e da personagem Ritinha, interpretada pela atriz Isis Valverde, o mercado do sereísmo só cresce, e o uso de caudas fakes de sereia atrai um número cada vez maior de crianças e adolescentes.

 Neste verão, e atento ao período das férias escolares, o Inmetro está lançando uma campanha de conscientização para alertar pais e responsáveis sobre os perigos da cauda de sereia, acessório voltado para uso na água que limita os movimentos das pernas do usuário.

Durante o monitoramento de produtos com risco potencial de acidentes relacionados à segurança, estudos realizados pelo instituto apontaram, em todos os cenários considerados, para o risco grave associado à cauda de sereia.

O uso do acessório pode, inclusive, levar a afogamento e morte, alerta o Inmetro. Para discutir o tema, o instituto criou, ainda, uma Comissão Técnica, formada pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa); pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP); e pela ONG Criança Segura Safe Kids Brasil.

Segundo dados da Sobrasa, em média, 17 brasileiros morrem afogados todos os dias. O afogamento é a segunda causa de óbito de crianças de um a nove anos de idade, e a terceira entre jovens de 10 a 14 anos. A Sobrasa informa ainda que 51% das mortes em piscinas, por afogamento, ocorrem com crianças na faixa de uma a nove anos de idade, enquanto que 44% dos afogamentos no país ocorrem entre os meses de novembro a fevereiro. Ou seja: especialmente ao longo do verão.

Diretor de Avaliação da Conformidade do Instituto, Luiz Antonio Lourenço Marques lembra que o produto tem grande apelo para público infanto-juvenil e que, tomada pela fantasia, a criança pode imitar uma sereia, mas tem seus movimentos dificultados pelo uso do acessório e fica impedida de flutar.

“Isso a expõe a situações de perigo, que podem resultar em afogamento e morte”, alerta Marques.

Além disso, o acessório compromete o equilíbrio, dificultando inclusive de a pessoa ficar de pé e pode levar ao afogamento de forma silenciosa, até em piscinas rasas, mesmo para nadadores experientes.


diretor do Inmetro ressalta que, por vezes, no ambiente de piscina, por exemplo, as pessoas tendem a relaxar e não ficar tão atentas. Mas, enfatiza que, quando as crianças estão na água, a observação de um adulto é imprescindível.

“O responsável deve estar a até um braço de distância, a fim de que se evitem acidentes”, complementa.

Como parte da campanha, será publicado material informativo no site e nas mídias sociais do Inmetro e das demais entidades integrantes da Comissão Técnica. O Inmetro solicita que eventuais ocorrências de acidentes com a cauda de sereia devem ser relatadas no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac), por meio do link:

www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp

Fonte O Globo




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